Palácio de Versalhes
Não existe no mundo, uma moradia tão luxuosa, e tão grandiosa, como a casa do Rei Sol. Versalhes ecoa no imaginário francês e mundial como o pináculo da ostentação e do excesso. Porém, perante uma tal reputação, quando vamos ao palácio, poderíamos esperar ver uma luz mais brilhante do que o próprio sol no palácio: nada de mais falso. É verdade que o palácio foi construído com materiais preciosos, mas no bom gosto herdado das influências da Antiguidade. Pompeia estava apenas a ser novamente descoberta.
No tempo de Luís XIV, o palácio de Versalhes era moradia para muitos membros da corte. Lutava-se para se ter a honra de viver num dos pequenos apartamentos acomodados no palácio a fim de se estar mais próximo do rei. Viver no palácio, não era para ninguém, sinónimo de viver no conforto. O soberano e a sua família preferiam passar o seu tempo em família noutro lugar, a título de exemplo no Grand Trianon ou em Marly, longe da agitação da corte.
Os cortesãos estavam presentes mais por necessidade do que por lazer, os seus aposentos eram sem dúvida muito menos confortáveis que a sua residência habitual.
O castelo de cartas de luís XIII
Quando o jovem rei Luís XIV herdara de Versalhes, o palácio ainda era uma pequena construção, sucessor do antigo pavilhão de caça edificado pelo seu pai Luís XIII em 1623, onde se encontrava um simples moinho de vento. Versalhes, era então um lugar onde os soberanos vinham usufruir os prazeres da caça, da floresta e da natureza a poucos quilómetros da capital. Ainda hoje, conseguimos ver o primeiro castelo construído no lugar do pavilhão da caça pelo arquiteto Philibert Le Roy em 1636: são os edifícios do Pátio de Mármore. Este primeiro castelo era tão modesto que foi batizado de “castelo insignificante” ou de “castelo de cartas” sem dúvida, uma referência a sua arquitetura, construída em tijolos e pedras brancas. O jovem Luís XIV, virá frequentemente a Versalhes para caçar, mas o castelo era ignorado e não tinha lugar entre as suas prioridades.
Luís XIII, para quem deitar-se na palha não era problema, gostava de vir aqui para se divertir e caçar. O desconforto é sobretudo para os cortesãos, mal habituados a um castelo tão pequeno, em terras tão pouco acolhedoras. Quando Luís XIV fez saber o seu desejo de se instalar em Versalhes, numerosas foram as vozes discordantes que se fizeram ouvir, agitados pelo facto de se poder morar num “lugar ingrato, triste, sem vista, sem madeira, sem água, sem terra, porque tudo é arreia movediça e pântano, sem ar, de modo que não é bom”. Viver em Versalhes, parecia impensável, tão o lugar era insalubre. Só se vinha aqui para as festas, admirar os diversos aposentos do rei no jardim de Versalhes começado em 1661, ou ver o novo Zoo de Festinhas, criado em 1663, hoje desaparecido.
O Corpo Central – Le Corps Central
Para acolher toda a Corte, belos jardins, boas festas, boas fontes não chegam: era necessário tornar o castelo confortável para evitar que os convidados dormissem nas suas caroças como em 1664 para a grande festa “Les Plaisirs de L’isle Enchantée” (Os Prazeres da ilha Encantada) em Versalhes. Havia duas soluções para o Rei Sol: arrasar com o antigo castelo do seu pai para construir um totalmente novo, ou ampliando-o. Foi Colbert que provocará a decisão do soberano, porque a segunda opção era muito mais económica. Os trabalhos começariam em 1668, dirigidos por Louis Le Vau.
Trata-se de criar um “embrulho” do antigo castelo para formar o Corpo Central do Palácio de Versalhes. É neste “castelo novo” como se chamava na época, que se encontrava a mais célebre das salas do castelo, a Galeria dos Espelhos. Com o corpo Central, o Palácio de Versalhes começa a ficar parecido com aquilo que é hoje: o alto lugar do classicismo francês. O que vemos hoje do lado do jardim, é essencialmente a obra de Louis Le Vau, falecido em 1670, dois anos apenas depois do início dos trabalhos. Foi o seu aluno François II d’Orblay que tomara o seguimento das obras, seguido de Jules Hardouin-Mansart. Os Grandes Apartamentos dos Palácio de Versalhes encontram-se aqui, com o Grande Apartamento do Rei, o Grande Apartamento da Rainha e sobretudo a Galeria dos Espelhos.
Hoje, podemos descobrir em redor do Pátio de Mármore, a fachada do antigo castelo de Luís XIII, evidentemente muito alterada ao longo do tempo. Esses blocos de mármore vêm de Vaux-le-Vicomte, depois da queda de Nicolas Fouquet. Infelizmente, não podemos na atualidade tomar a Escada dos Embaixadores, destruída por Luís XV em 1752 para aí serem construídos os apartamentos das suas filhas.
A Galeria dos Espelhos – La Galerie des Glaces
O Rei Sol precisava de um salão cerimonial a medida da sua radiação. A França era a primeira potência da Europa. A construção da sala grande deu início em 1678 sob a direção de Jules Hardouin-Mansart para terminar em 1684. Charles Le Brun, Primeiro Pintor do Rei, é chamado para decorar a galeria. Ele começa os trabalhos a partir de 1680.
Hoje, a Galeria dos Espelhos parece-nos menos requintada que no tempo de Luís XIV. Os espelhos são hoje muito fáceis de produzir, algo que não o era no século XVII. Veneza tinha praticamente o monopólio na produção dos espelhos, coisa que Luís XIV quis por termo graças a sua nova “manufatura real dos espelhos” criada em 1665 por Colbert, futura Saint-Gobain. Aposta conseguida, pois era agora possível produzir espelhos em França como em Veneza, algo que a Galeria dos Espelhos provava com enorme esplendor.
A Ala Sul ou Ala dos Príncipes – Aile du Midi ou Aile des Princes
Se o Rei e a sua família estavam bem acomodados no Corpo Central, não era o caso para os cortesãos. Era necessário alargar o palácio com um novo edifício. A Ala Sul, como indica o seu nome, foi construída do lado sul do palácio. Também é conhecida pelo nome da “Ala dos Príncipes”, pela sua função: acolher os infantes. Construída a partir de 1679 sob a direção de Jules Hardouin-Mansart, a continuidade do estilo com o Corpo Central foi conservada. A nova Ala será concluída em 1681, permitindo a instalação definitiva de Luís XIV, a Corte e o governo em Versalhes em 1682. As pessoas que vivam em Versalhes, as “pessoas do Palácio”, são agora aos milhares.
A Ala Sul assim como a sua irmã, a Ala Norte, foram inteiramente remodeladas sob Luís Filipe para acolher o Museu da História da França em 1837. Essa reestruturação foi um verdadeiro “massacre” da Ala Sul, a quase totalidade dos apartamentos foram destruídos para dar lugar as salas necessárias para a instalação do museu. Pessoalmente, gosto e aprovo a ideia do museu, mas não partilho a ideia de arrasar com o passado de um edifício tão pugnado de história. O desejo de Luís Filipe era nobre: para salvar o palácio das ruinas, porque não transforma-lo em museu?
É na Ala Sul que encontramos a Sala do Congresso. Esta sala foi criada em 1875 por Edmond Joly para abrigar a Assembleia Nacional. Estamos no início da Terceira República e os parlamentares não podiam fazer da sua sé o palácio Bourbon no seguimento da Comuna de Paris. Instalados em Versalhes desde 1871, o novo hemiciclo de Versalhes será utilizado em 1879, ano do regresso da Assembleia Nacional em Paris. A Sala dos Congressos, ainda é usada pelos parlamentares durante as revisões da Constituição.
A maior sala desta nova Ala Sul na versão de Luís Filipe, é a galeria das Batalhas. É aqui que a história da França é retratada com a representação das grandes batalhas que permitiram a formação do país. Esta sala foi elaborada pelo arquiteto Frédéric Nepveu, ao estilo das correntes do século XIX.
O Grande Comum – Le Grand Commun
Aqui está um edifício de que se fala pouco em Versalhes. Um pouco afastado, encontra-se nas proximidades da Ala Sul. Construído em simultâneo entre 1682 e 1684 pelo mesmo arquiteto, o Grande Comum tinha essencialmente uma característica funcional. É aqui que vão ser instalados as cozinhas do Palácio e muitos apartamentos dos cortesãos. É aqui que vivem as pessoas “ordinárias” por assim dizer. Visto do lado de fora, parece um belo edifício de Versalhes, onde se poderia comprar um apartamento. A sua arquitetura denuncia claramente a sua função: é uma obra muito modesta comparada com o Palácio.
O Grande Comum conheceu diversas funções. Durante a Revolução, era uma fábrica de armas. Em 1843, um hospital militar que só fechou em 1995. Na atualidade, serve para receber os serviços administrativos do Palácio, ou melhor dizendo, o edifício público do Palácio, do museu e do domínio nacional de Versalhes.
A Ala Norte – L’Aile Nord
Apesar da construção da Ala Sul e do Grande Comum, faltava sempre espaço. Em 1685, começa a construção do edifício gémeo da Ala Sul que equilibra o Palácio de Versalhes com uma simetria renovada: a Ala do Norte. Os principais trabalhos duram até 1689. O Salão de Hercules, o maior do Grande Apartamento do Rei, permite passar do Corpo Central até a Ala Norte.
É aqui que Luís Filipe toma a decisão de instalar a grande Sala das Cruzadas onde se recorda as cruzadas saídas de França rumo a Terra Santa para liberta-la dos soberanos muçulmanos. Para construir esta sala ao estilo neogótico, muitos apartamentos de cortesãos foram destruídos. Luís XV mandará construir a Ópera Real dos Palácio de Versalhes na extremidade do edifício. Também é na Ala do Norte que se encontra a Capela Real na qual teve-se que se deitar abaixo a Gruta de Thétys em 1684, apesar de ser uma das joias do jardim.
A Capela Real – La Chapelle Royale
Assim que Ala Norte foi terminada, é a construção da Capela Real que ocupa a maior parte dos obreiros do Palácio. Os trabalhos do Palácio foram bastantes atrasados pela epidemia da malária que contaminou vários milhares de trabalhadores em 1687, desencadeada pela consolidação dos pântanos. É sobretudo a guerra da Liga de Augsburgo entre 1688 e 1697 que perturbara o bom andamento das obras, impedindo Luís XIV de concluir os diferentes projetos do Palácio: tudo ou quase tudo estava parado.
Os trabalhos só foram retomados em 1699 para finalmente serem concluídos em 1710. Foi o último grande projeto de Luís XIV em Versalhes. Esta obra de Hardouin-Mansart e concluída por Robert Cotte é talvez aquela que nos chegou de forma mais inalterada e fiel ao tempo do grande soberano. A Capela Real é uma obra de arte neste início do século XVIII, com pinturas e esculturas dos melhores artistas da época. Mais de um terço do orçamento total da capela foi direcionado para a decoração, seja ela pintada ou esculpida. Estamos aqui num alto lugar do Classicismo francês, ou não tenho medo de afirma-lo, do “barroco à francesa”.
A Capela Real tem a particularidade de ser o edifício mais alto dos restantes do Palácio de Versalhes. De facto, essa era a única concessão de Luís XIV, só o poder divino poderia ter um edifício mais alto que o seu quarto. Hardouin-Mansart, pensou inicialmente em faze-la da mesma altura que o resto do palácio, mas foi persuadido de ser mais ambicioso que os seus confrades da Academia de Arquitetura.
As Alas dos Ministros, Norte e Sul – L’Aile des Ministres, Nord et Sud
Na mesma altura em que o “embrulho” estava em construção em redor do antigo castelo de Luís XIII, edifícios para os comuns estavam a ser construídos sob a direção de Luís Le Vau. Estes edifícios tornaram-se as duas Alas dos Ministros quando Jules Hardouin-Mansart ligou-os entre si. Encontram-se hoje em cada lado do Pátio de Honra e foram concluídos em 1679. Tal como para o Grande Comum, estes edifícios não estão diretamente ligados aos principais edifícios do palácio. É nestes edifícios que moravam os ministros e secretários de estado de Luís XIV depois da construção do Grande Comum.
A Ala Gabriel ou Ala Luís XV – L’Aile Gabriel, ou Aile Louis XV
Em 1771, Ange-Jacques Gabriel, primeiro arquiteto do Rei Luís XV, apresenta o seu “grande desenho”, ou grande projeto. Tratava-se de reconstruir totalmente as grandes faixadas do palácio do lado da cidade, para retirar o que era na época considerado feio: a mistura de tijolo e pedra. Por falta de meios, o projeto é interrompido. A Ala Luís XV (hoje conhecida sob o nome de Ala Gabriel) está concluída, mas provoca um corte na simetria do palácio.
A escada Gabriel que podemos encontrar hoje, só encontrou toda a sua majestade em 1985, quando, com base no projeto do arquiteto Ange-Jacques Gabriel, foi concluída, depois de duzentos anos de espera, sempre por falta de fundos. Esta escada, na sua origem do ano de 1772, tinha nessa altura, o nome de “Grande Grau”, estava destinada a preencher o vazio deixado pela demolição da escada dos Embaixadores.
O Pavilhão Dufour e a Ala Velha – Le Pavillon Dufour et l’Aile Vieille
Estes edifícios separam o Pátio Real do pequeno Pátio dos Príncipes. O Pavilhão Dufour foi construído no início do século XIX para criar um todo simétrico: a sua fachada é idêntica à Ala Gabriel. A ideia de voltar a dar a simetria do Palácio de Versalhes já era da ordem do dia no tempo de Napoleão, mas foi tomada sobe Luís XVIII: em 1820, o novo pavilhão está concluído, faltavam as traseiras que deveriam substituir a Ala Velha, no tempo de Luís XIV. Estes edifícios, antes utilizados pela administração do palácio até a sua mudança para o Grande Comum, são na atualidade destinados à receção do público.
A estátua equestre de Luís XIV
É talvez a primeira coisa que vemos quando chegamos ao palácio: em primeiro plano, no início da Praça de Armas, podemos ver a estátua equestre de Luís XIV. Esta estátua nem sempre esteve aqui. Sob a Monarquia de Julho, parecia faltar algo ao Grande Pátio de Honra. A grandiosidade e imensidão de Versalhes deixavam lugar a um enorme vazio, Principalmente, sabendo que o antigo Gradeamento Real já não existia, perturbando assim, o equilíbrio do conjunto. Para colmatar este vazio, a ideia de génio, foi colocar uma estátua equestre no seu centro. E quem melhor que Luís XIV para ser instalado no Pátio de Honra?
O novo rei dos franceses, Luís Filipe, aí instalara uma nova estátua equestre, uma estátua que tinha a vantagem de não ser muito cara para a bolsa dos franceses. Utilizou-se o cavalo de bronze já existente, mas que nunca fora terminado. Esse cavalo foi na sua origem destinado a tornar-se numa estátua equestre de Luís XV, para a Praça da Concorde. Encomendada em 1816 por Luís XVIII, o seu escultor, Pierre Cartellier, nunca teve o prazer de ver a sua obra acabada: falece em 1831.
Para fazer uma estátua equestre de Luís XIV, adiciona-se a esse cavalo, a estátua do cavaleiro Luís XIV, um trabalho do genro de Cartellier, Luís Petitot. Isto explica porque o rei e o cavalo não têm a mesma proporção: trata-se de uma colagem artificial, posto a cabo pelo fundador Charles Crozatier em 1836.
Para fazer espaço ao novo Gradeamento Real, desloca-se em 2006 a estátua do rei, que voltará três anos mais tarde ao seu lugar atual, depois das grandes obras de restauração. Luís XIV é afastado do seu palácio para se aproximar da avenida de Paris. Quanto a mim, preferia vê-lo um pouco mais próximo do novo Gradeamento, que está ao meu ver, muito isolado.
Os gradeamentos do Palácio: o Gradeamento de Honra e o Gradeamento Real
O controlo das entradas do palácio é feito graças aos gradeamentos existentes em seu redor que delimitam os diferentes espaços. O Gradeamento de Honra é o primeiro que vemos quando chegamos à cidade, separando a Praça das Armas do Pátio de Honra. Construído em 1682, será remodelado no decorrer do século XIX. É hoje a principal entrado do Palácio de Versalhes. Um gradeamento separa a Orangerie dos jardins: o Gradeamento da Orangerie.
Há cada vez mais turistas em Versalhes. Para melhorar as passagens e controlar as visitas, pensou-se em construir uma nova separação entre o Pátio de Honra e o Pátio Real. Era o regresso do Gradeamento Real. Inicialmente construído por volta de 1690, será tirado em 1771. O novo gradeamento é reconstruido as três pencadas, é preciso dizê-lo, com base em alguns desenhos da época e em outros gradeamentos existentes no final do século XVII.
Esta reconstituição é polémica, como sempre quando se trata de uma reconstituição. Para além da veracidade histórica, não é por menos bela e bem integrado no atual Palácio de Versalhes. Cumpre hoje o seu papel funcional, impede os visitantes sem bilhete de passar para o outro lado. Porém, uma questão persiste: porquê gastar tanto dinheiro neste gradeamento, composto de vários milhares de toneladas de ferro e vários milhares de folhas em ouro, quando, mesmo ao seu lado, temos o Gradeamento de Honra da Orangerie que está a cair em ruinas? Curiosas prioridades.
O Palàcio de Versalhes na atualidade
O sucesso do palácio, a sua popularidade mundial ainda estão na ordem do dia, e até mais que nunca. Tal sucesso aumenta em passo acelerado a degradação do palácio, que não foi concebido para que cada ano, milhões de pessoas venham visitá-lo. Uma manutenção constante é exigida, um controlo das visitas e uma organização sem falhas são absolutamente necessárias.
Para colmatar uma falta de dinheiro crónica de tudo o que diz respeito à cultura, mesmo um estabelecimento gerando tantas receitas de bilheteira tem que fazer apelo aos mecenas. Toda a gente pode participar, tornando-se padrinho de um simples banco de jardim ou de uma estátua. Pessoalmente, não ficaria chateado, se elevadas quantidades de dinheiro não fossem gastas em projetos que para mim não são prioritários, ou mesmo contrários à alma do lugar.
Na minha opinião é completamente inútil fazer exposições de Arte Moderna no Palácio de Versalhes. Preferia ver, reconstituições históricas do século XVII retratando a vida do palácio, sobretudo, que muitos deles prestariam esse serviço de forma gratuita. Gosto muito da ideia de alugar algumas salas do palácio para eventos privados, ou de aí organizar receções oficiais.
Se a gestão atual do palácio parece um pouco caótica, é talvez porque desde 1995 e a instituição do Estabelecimento público do palácio, do museu e do domínio nacional de Versalhes, a presidência deste organismo foi confiada a pessoas que não tem uma qualificação específica para esta função. A sua nomeação parece mais de ordem politica que outra coisa. Quando Christine Albanel dirigia o estabelecimento público, foi muito criticada por ter uma visão apenas comercial de Versalhes, muito longe da versão dos historiadores e especialistas do palácio, com o único objetivo de aumentar o número de visitantes em Versalhes.
Mas para quê aumentar o número de visitas? Para criar mais capital? Talvez seria necessário num primeiro tempo preparar as condições para um maior fluxo de visitantes. Acho lamentável fornecer tantos recursos para Versalhes, quando outros lugares em França, que tanto tento divulgar, tem muito para oferecer a visitantes ausentes.